domingo, 6 de julho de 2008

aula 1.

ENFERMAGEM CIRÚRGICA
DEFINIÇÃO: “É a parte da Enfermagem que presta assistência ao paciente cirúrgico no períodos pré, trans e pós-operatórios, com o objetivo de prevenir complicações físicas e emocionais para reabilitação e recuperação.”

HISTÓRIA DA CIRURGIA

O exercício da arte de curar, no Brasil, somente começou a melhorar seu ordenamento com a chegada da família real portuguesa, em 1808. Até àquela época, na colonia e mesmo na metrópole, a organização era precária e muito reduzido o número de praticantes licenciados.

Os órgãos controladores eram a Real Junta do Protomedicato de Lisboa, e seus delegados coloniais.

Estes delegados do Físico-Mor, em conjunto com as Câmaras Municipais, expediam as licenças, provisões e cartas, zelavam pela fiscalização do exercício profissional e procediam os exames de habilitação.

Na realidade, a Medicina não era uma profissão unificada. Os Médicos, cirurgiões e barbeiros constituíam corporações distintas.

Como não havia universidades ou escolas médicas, exceto em Coimbra, profissionais de formação superior, os médicos ou físicos, eram raríssimos. Concentravam-se nas principais cidades e detinham os postos oficiais.

Ao lado dos físicos ou médicos, havia os cirurgiões, cirurgiões-aprovados ou cirurgiões-barbeiros, que eram licenciados após prestarem exames na metrópole ou no Brasil e comprovarem a freqüência, por quatro anos em um hospital.

Aos cirurgiões era concedida licença para o exercício da cirurgia, oficio manual que, considerado subalterno ao dos médicos, era reservado a pessoas de baixa situação social, muitas vezes cristãos-novos. Como os físicos eram poucos, os cirurgiões concorriam com eles, exercendo toda a medicina, constituindo a maioria dos praticantes.

Em fins do século XVII começou a diferenciação entre cirurgiões-barbeiros, e barbeiros. A estes, eram relegadas operações mais simples, como sangrias, sarjas, aplicações de bichas ou ventosas, extrações dentárias, além de barbear e cortar o cabelo. Também submetiam-se a exame e, muitas vezes, arvoravam-se em médicos.

Ainda assim, o número reduzido de praticantes dava oportunidade a ação dos boticários e seus aprendizes, alem de anatômicos e entendidos.

Com a vinda da família real portuguesa, em 1808, esta situação começa a modificar-se. Inicia-se, então, o ensino formal da medicina e da cirurgia, com a fundação das Academias Médico-Cirúrgicas da Bahia e Rio de Janeiro.

Em 1832, depois da Independência, as Academias foram transformadas em Faculdades de Medicina, por decisão da Regência Trina.

Os cirurgiões continuavam, porem, em situação de inferioridade em relação aos médicos. Finalmente em 1848, um decreto legislativo considerou habilitados para exercitarem livremente em todo o Brasil qualquer dos ramos da ciência médica os antigos cirurgiões-aprovados e os formados nas Academias Médico-Cirúrgicas.

Era o fim da discriminação entre médicos e cirurgiões, passando estes a gozar das mesmas regalias e status social.

Ate esta época, a cirurgia limitava-se às amputações, redução de fraturas e luxações, ligaduras de artérias periféricas, suturas de feridas de órgãos internos, drenagem de abscessos, avivamento de fistulas e cauterização de ferimentos e era, muitas vezes, praticada no domicílio dos doentes.

Somente com o aperfeiçoamento da anestesia e da antissepsia, na segunda metade do século XIX, criou-se o que se pode considerar a Clínica Cirúrgica, passando a ser realizadas nos hospitais intervenções mais complexas.

As publicações médicas na Bahia e Rio de Janeiro, geralmente dos professores das Faculdades de Medicina, começam registrar operações mais elaboradas, sendo que muitas das teses de doutoramento da época referem-se a processos cirúrgicos.

Um marco histórico desta fase foi a ligadura da aorta abdominal realizado em 1842, no Rio de Janeiro pelo professor Candido Borges Monteiro, Visconde de Itauna, para tratar um volumoso aneurisma da artéria ilíaca externa. A operação, que havia sido realizada apenas três vezes no inundo, terminou com hemorragia fatal, consequente a infecção, doze dias depois.

0 Rio de Janeiro, sede da Corte Imperial, tornou-se logo o centro mais importante dos progressos culturais, científicos e médicos.
Aula 1. 
Estrutura e finalidade do centro cirúrgico.


                        Bem vindos ao mundo da Cirurgia!!